sexta-feira, 31 de janeiro de 2014

21 coisas que aprendi ao longo de 21 anos

Por: Tatiane Gonçalves

1. Nunca confie em ninguém - E isso inclui a você mesmo, que embora não pareça, é quem mais vai se meter em encrencas que trarão consequências pesadas e longas.


2. Não acredite que o seu amor tem “super-poderes” – É incrível como as pessoas amam as pessoas erradas e acreditam que seu amor será capaz de fazê-las tornarem-se as pessoas certas pra sua vida. No máximo, esse amor irá mudar a você mesmo, e pra pior.


3. Não acredite no “pra sempre” – Porque já dizia O poeta (ou a Cássia Eller) que “o pra sempre, sempre acaba”, e acaba mesmo. Nada é eterno, as amizades, os amores, nada, nada é pra sempre.


4. Não confie no poder de sua beleza e juventude – Usar desses artifícios para conseguir determinadas coisas tem prazo de validade, porque a lei da gravidade está aí e não tá dando mole pra ninguém, um dia, essas coisas irão passar.


5. Não acredite nas revistas – Elas mentem! Do início ao fim, MENTEM! Mentem com gente bonita nas capas, porque estão carregadas de artifícios (leia-se photoshop), mentem sobre horóscopo (alguém ainda acredita nisso em pleno século XXI?), mentem nos resultados de testes a respeito do perfil do seu relacionamento ou sobre sua personalidade...


6. A inveja existe – Ela é um sentimento presente em todos os seres humanos, e se divide em dois grupos: os que sabem dosá-la e usá-la, e os invejosos. Os que sabem usá-la, fazem com que ela se torne admiração, espelham-se em alguém que conquistou algo e não desejam tomar aquilo pra si, apenas esforçam-se pra algum dia alcançar algo tão bom. Os invejosos terão raiva por não terem capacidade, e seguem a linha de raciocínio de que se não pode ser dele, não pode ser seu também. São pessoas frustradas que se arrastam pelo mundo tentando destruir o que é dos outros, em todas as áreas da vida. Obs: as pessoas que se sentem muito invejadas na verdade são tremendas invejosas e sentem inveja até de serem invejadas.


7. A falsidade também existe – E aqui abro um pequeno parêntese pra me perguntar o porquê de tantas coisas ruins nesse mundo, Deus é mais hein. Enfim, a falsidade existe e tenha certeza que ela está por aí, bem pertinho de você, porque é comprovado cientificamente que a cada grupo formado por dez pessoas, uma é falsa. Acabei de inventar isso, mas finjam que realmente foi provado cientificamente.


8. As pessoas mudam – pra melhor, ou pior.


9. As pessoas querem aplaudir e o que está errado e acham que você tem a obrigação de fazer o mesmo – De uns tempos pra cá o que era errado virou certo e o mundo acha que você precisa concordar para ser cool. Você não precisa ser um Maria vai com as outras, tenha princípios, acredite neles e defenda-os. Já aviso que isso irá lhe trazer olhares tortos, mas quem se importa?


10. A solidão dói – As vezes a dor é um bom sinal, só sente dor quem está vivo. Tenha momentos de solidão (não momentos sozinho), olhe-se.


11. Chorar faz bem – Embora algumas vezes depois você vá se sentir um tremendo imbecil, chorar em determinadas situações é libertador.


12. Não pense em dinheiro – O que é o que é, dá poder e todo mundo quer? Exatamente, dinheiro! Mas a ideia de ter dinheiro faz com que as pessoas se importem somente com ele e nada mais, e isso inclui a própria felicidade. O mundo está cheio de pessoas que escolhem suas profissões pensando em como serão bem remunerados, e passam anos de suas vidas fazendo todos os dias algo que não suportam, e que as fazem imensamente infelizes. Quando se faz o que se ama, se faz bem feito, e se é bem feito, esse será o seu diferencial, e diferencial hoje, é o que se busca no mercado. O dinheiro será consequência do quanto você ama fazer o que faz!


13. Nunca deposite toda sua felicidade – Em algo, ou alguém, tanto faz. Como eu disse no terceiro tópico, tudo sempre acaba, e se toda sua felicidade estiver depositada em uma só coisa, ela irá embora quando a mesma se for.


14. É importante saber se relacionar – Até mesmo com os falsos e invejosos. Mas sobre isso não posso falar muito, ainda estou aprendendo.


15. A grama do vizinho nem sempre é mais verde – As pessoas vivem de aparência, querem demonstrar o que não vivem, e você não precisa se martirizar por não ser feliz ou tão bom quanto os outros, já dizia Caetano que “Cada um sabe a delícia e a dor de ser o que é”.


16. Seus amigos ficarão cegos – Em vários momentos eles ficarão. Irão acreditar em mentiras e pessoas que não valem a pena, e você não poderá (e não deverá) fazer nada além de esperar o momento em que precisarão do seu consolo, porque cada um precisa passar por suas próprias experiências pra crescer.


17. Você também fará sofrer – É a vida, alguém bate, e alguém apanha, um dia se sofre, e no outro se causa sofrimento.


18. Cuidado com a sinceridade – sinceridade é bom, mas também fere, e existem momentos em que é melhor calar, porque ninguém pediu sua opinião.


19. Você saiu do lugar – As vezes a sensação é de que a vida estagnou, e você está parado no mesmo lugar há cinco décadas, mas pense bem, olhe ao seu redor, as pessoas mudaram, seus hábitos mudaram, você mudou, e toda mudança na vida de um ser humano pode e deve ser considerado o primeiro passo, um grande passo.


20. Ninguém se importa – Não há muito que dissertar sobre isso, simplesmente ninguém se importa. Ninguém tá nem aí pra sua carência, pros seus pensamentos a respeito da vida, ninguém tá nem aí pra esse texto enorme que estou escrevendo, e por aí vai.


21. O tempo passa – Completei vinte e um anos e parecia ter dez até semana passada. Aprendi muito mais do que 21 coisas a respeito da vida, mas certas coisas passam a fazer parte de cada um de nós, e nem nos damos conta de que um dia as aprendemos, achamos que nascemos sabendo.

quinta-feira, 23 de janeiro de 2014

"Depósitos de Gente"

Por: Diego Queiroz

Sempre esteve muito claro para mim que cada pessoa que passa por nossa vida deixa em nós um pedaço de si. Manias, palavras, memórias, ensinamentos, costumes e até aborrecimentos, tantos aspectos quanto somos capazes de absorver. Cada relacionamento traz consigo um peso diferente e por osmose suas consequências. Quer seja uma simples amizade, quer seja um tórrido caso de amor, os fragmentos sempre ficarão. É um fenômeno físico, simples em sua essência, mas também é químico e altera as estruturas mais complexas do ser, poeticamente falando. Físico pelas mudanças que pode causar no corpo, marcas que se tornam permanentes e por vezes eternas, mas que não alteram quem somos.
Químico porque mexe na mente, capaz de transformar o doce em amargo e nos trazer a uma nova dimensão de transformações nunca antes vistas.

O que me inebria é como, sem perceber, nos tornamos “depósitos de gente”. Há de fato dentro de nós uma multidão de pessoas que influenciam nossas decisões e escolhas das mais simples as mais complexas. A cada instante um novo ser luta para prevalecer em ideias e posições, para não ser apenas mais um na multidão de nossa psique. Quem passa por nossas vidas nunca se vai totalmente e acaba ficando guardado nos becos escuros de nossos corações, mesmo contra nossa vontade. Somos de certa forma torturados pelos fantasmas de um passado que se recusa a desaparecer como seria comum. Prendemos inconscientemente pessoas que deveríamos por obrigação deixar ir e nos esquecemos de quem realmente deveríamos lembrar.

“Depósitos de gente” são pessoas que guardam dentro de si muito mais do que recordações carinhosas, as experiências vividas produzem muito mais do que lembranças e o desejo de voltar aos “dias de glória” de um passado distante – ou não – é latente tão quão inconsciente. Talvez por uma carência intensa e não tratada ou por medo de não conseguir ser feliz novamente no futuro incerto nos trancamos em um mundo utópico, onde a perfeição é ilusória, afinal, dentro de nós sabemos que esta não existe.




Meditando sobre os últimos acontecimentos de minha vida me dei conta de que pelo menos três pessoas com que me relacionei nos últimos tempos poderiam facilmente voltar para ela se assim quisessem, isso falo sobre as mulheres que amei/amo, se considerasse as amizades e afins a lista certamente cresceria consideravelmente. Essas três em especial são mulheres que amei muito, e de certa forma ainda amo. Uma palavra seria mais que suficiente para que alguma delas – ou todas - retornasse para meu coração, lugar de onde nunca saíram, na verdade. Por um auto e leviano julgamento entendi que essas pessoas não podem viver e se acumular dentro de mim por tanto tempo como tem vivido e que delas preciso me livrar.

Temos um coração e nele há espaço suficiente para amar quem quer que seja, mas isso não significa que precisamos alimentar esse amor.

Somos criados na maioria das vezes para nos tornar homens de bem, fiéis, provedores, bons de cama e pais, mas quantos se perdem nos túneis do conhecimento enquanto se descobrem? E quantos perdidos não conseguem encontrar o caminho de volta? É por isso que encontramos tantos cafajestes, não os "cafajestes" na cama, desses eu sei que elas gostam, mas cafajestes no pior sentido da palavra.

Em tempos de crise “se esvaziar” é antes de tudo necessário. Levantar a tampa da caixa e respirar um ar puro, não mais o rarefeito pelo peso dos acontecimentos anteriores, mas uma atmosfera leve, brisa, mar.
Espantar tais fantasmas não é tarefa das mais fáceis, acostumemo-nos com a realidade de que a vida nunca é fácil. Limpar, lavar, varrer, espanar a poeira e abrir espaço para “depositar” outras pessoas - e não falo de uma vida "prostituta" ou de ser mais um "na pista pra negócio" – é a ordem do momento.
Sejamos enfim depósitos e também distribuidores de amor, paz, respeito, felicidade, prazer e tudo que há de bom.
Pessoas? Também tem seu espaço, (o que seria de nós sem elas?) mas não devem se amontoar e ocupar lugar maior do que o necessário, tudo tem seu tempo, seu espaço e sua vez.

sexta-feira, 17 de janeiro de 2014

Alma em Retalhos

Por: Diego Queiroz

O esqueleto humano é a estrutura responsável por manter protegidos nossos órgão vitais. O cranio protege o encéfalo. As costelas por sua vez guardam o pulmão e o coração. Contudo, há em nós uma estrutura muito mais complexa a ser preservada, para ela não existe blindagem física, tudo está na mente, tudo está no coração: Ela é a alma. Dela exalam as emoções, sensações e sentimentos, a linha tênue entre a harmonia com Deus e a perdição dos sentidos. O Aurélio a define como “principio espiritual do homem”, mas ela também está no fim, na verdade está em tudo e em todos.

No hebraico “nephesh” ela é “vida”, no latim “animu” é “aquele que anima”. Em minha simples opinião é a essência sobreexcelente do ser imortal, ou seja, a alma não pode morrer.
Enquanto os ossos sustentam o corpo físico a alma sustenta a mente, - os cientistas discordam. - um mero ressentimento é capaz de envenená-la e pôr tudo a perder.


“Cortar em várias peças, talhar, fender de alto a baixo, ferir, matar a golpes.” São essas as principais definições que o dicionário associa ao termo RETALHAR. No que se refere aos instrumentos usados para tal ato encontramos os mais diversos: facas, tesouras, punhais, espadas, entre outros. Tantos artefatos, no entanto não são sequer capazes de ferir a alma, no sentido literal da palavra. O que seria então suficientemente poderoso para tocar no impalpável?
Palavras! Elas são mais cortantes que qualquer espada conhecida, mais intrigantes que a alotropia do carbono em diamante, mais poderosas que os reinos da antiguidade. Sim, somente as palavras retalham a alma.

O poder da palavra é a arma letal que já vem embutida em todo homem, ainda que seja menor órgão do corpo a língua incendeia uma floresta. As palavras são poderosas em todos os aspectos, erguem e derrubam reinos, salvam e levam vidas a perdição, libertam e aprisionam almas.
Tal como o diamante não pode ser riscado por nenhuma outra substância que não ele mesmo, a alma só pode ser “riscada” por outra alma, mas precisamente pelo que a outra alma diz. Nada retalha mais a alma que o seu igual.

Há uma grande confusão entre as palavras “retalhar” e “remendar”, muitos as consideram sinônimos, porém são opostas ainda que complementares.
Retalhar a alma é repartir, rasgar, dilacerar, causar feridas que uma vez abertas levam tempo para sarar – se sararem. Remendar por outro lado é reconstruir, costurar, unir o que foi despedaçado, curar.
O que interessa para nós neste momento é saber como transformar em remendos as partes desta alma retalhada, onde as experiências que resultaram em retalhos devem ser aproveitadas e os sentimentos acumulados não! Não há como reconstruir sem antes desconstruir e renovar votos, crenças, convicções, etc. Não se deve usar remendo novo em pano velho, porque o remendo novo cede sobre o velho e a rotura é maior.

Uma vez que as palavras rompem a alma também tem poder de fazê-la viver novamente, voltar a superfície e ser livre como a alma deve ser. Sofremos com as perdas, lutas, dores, frustrações e tudo isso retalha parte de nós, mas ninguém além de si mesmo é responsável pela continuidade de dilaceração da alma. Nós podemos impedir que a carnificina espiritual se prolongue e perpetue. Precisamos Gritar! Dizer não a morte por tabela e decidir quais rumos daremos para o futuro. Usar as palavras para gerar vida e vida com abundância de dias e de alegria. É tempo de juntar os retalhos e remendar a alma, reconstruir aquilo que foi devastado e ser leve, ser livre, ser feliz.


segunda-feira, 6 de janeiro de 2014

E lá se vai mais um Réveillon...

Por: Tatiane Gonçalves

Todo réveillon é a mesma situação: Eu toda animada, pulando à meia-noite, e fazendo planos para o ano que está chegando. O mais curioso, é que esse é o quarto ano consecutivo em que a principal meta definida em meus pensamentos é: ESTE É O ÚLTIMO RÉVEILLON QUE PASSO SOLTEIRA! Escrevo, ano após ano, mentalmente este texto exatamente assim, em caixa alta, e uma voz o lê em alto e bom som dentro de minha cabeça. Sinto-me decidida, mulher poderosa, de fibra e visão.

A partir das 00:01 do novo ano, começo a achar que diante desta meta, qualquer um que se aproxime é um sério candidato ao cargo de namorado. Daí em diante, começo a me apaixonar por tudo que respira e se move, sem distinção de tempo e lugar. Isso acontece no ônibus, na faculdade, em alguma festa de aniversário, na padaria, na rua, na chuva, na fazenda, ou numa casinha de sapê. Funciona como um processo seletivo, e aos poucos vou eliminando os concorrentes por motivos que variam, numa escala de “o cara é um psicopata” até “ele tem o dedão do pé torto”. Após cada uma das etapas, enfim escolho um coitado, digo, um candidato que se encaixa no perfil que fora traçado por mim, e a partir daí, é que começa a verdadeira luta. São músicas românticas, suspiros apaixonados, e mensagem para as amigas dizendo: AGORA VAI HEIN. A coisa vai evoluindo, e a cada passo eu penso que estou bem perto do meu objetivo. Fico emocionada, imagino quantas pessoas vão comentar e curtir minha alteração de status de relacionamento no Facebook, quando é que “Mozão” vai conhecer a família, como serão nossos finais de semana e prometo a mim mesma que nunca vamos brigar. Isso mesmo! Eu traço um relacionamento nos mínimos detalhes dentro dessa minha cabecinha, enquanto do outro lado o cara só pensa no que vai pedir pro lanche.




O tempo passa, e percebo que já é Natal, e enquanto as tias perguntam “e os namoradinhos?”, ali estou eu, uma semana antes de mais um Réveillon, me dando conta de que talvez aquela pessoa não seja o que imaginei que fosse, e que não me quer preenchendo a vaga de “Mozão” na sua vida. Meses foram perdidos ao lado de alguém que nem sequer pensa em um compromisso, e ainda se surpreende quando finalmente resolvo tocar no assunto. A culpa é minha, que resolvo sempre contar com o ovo que ainda nem saiu da galinha, como dizem por aí.

“Será que nesse ano as coisas serão diferentes?”

Não mais me pergunto a respeito disso, nem tampouco se vou encontrar quem embarque comigo nas minhas loucuras e faça parte desse meu grande teatro imaginário. Só quero, definitivamente saber se EU vou tomar jeito.
As vezes procurar demais é o que nos faz achar de menos... Menos do que queremos e do que talvez realmente merecemos.

domingo, 5 de janeiro de 2014

Então é isso!

O Blog "Cinquenta e duas semanas" nasce com a função de ser libertador (pelo menos para nós).
Aqui dividiremos nossas experiências, impressões, crenças, opiniões e aprendizados.
A cada semana postaremos textos (na verdade apenas 1 texto por semana, por isso o blog se chama 52 semanas) sobre assuntos variados e que podem ser sobre qualquer coisa. Ao fim de 2014 veremos tudo que vivemos e assim aprenderemos (ou não... é possível que em 2015 cometamos os mesmos erros idiotas).
Será interessante, será revelador, será louco e insano, será "Cinquenta e duas semanas" (Eu sei que o correto é "serão", mas não consegui nada que rimasse para escrever o final, então é isso)

Sejam bem vindos!